Estava tudo preparado para o confronto mais sangrento da América do Sul, quando tropas de Washington Luís e de Getúlio Vargas se encontrariam em Itararé. Porém o combate que deveria ser decidido no campo de batalha, terminou em uma mesa de reuniões, como, aliás, é de praxe no Brasil. O humorista Aparício Torelly não perdeu a piada, e se deu o título nobiliárquico de Barão de Itararé, o grande herói da “batalha que não houve”. Nesses dias de confronto no Rio de Janeiro me chamou a atenção o nome de uma das ruas onde mais ocorreram conflitos: Estrada do Itararé. Poderíamos dizer então que agora temos, de fato, uma batalha do Itararé. A pergunta que não se cala é se chegaremos ao fim dessa batalha. Enganam-se os que pensam que falo da prisão dos bandidos do tráfico; falo dos grandes empresários e dos políticos que, envolvidos com o crime, passam por fora escondidos sob os chefes dos morros. Será que tudo terminará como começou, ou nosso Cavaleiro de Itararé, Sérgio Cabral, terá coragem de ir além até virar Duque de Itararé? Cenas dos próximos RJ TV’s. Como diria o legítimo Barão de Itararé: “tudo seria fácil se não fossem as dificuldades”...
Um comentário:
Os textos complementam o que já é brilhante - as caricaturas. Você toca num ponto que não se fala em cena alguma dos RJ TV's. E fala de pessoas que não estão nos tanques de guerra e não correm pela mata para não ser morto.
Mais uma vez o espetáculo da guerra civil satisfaz a massa e questões, como essas,não são discutidas.
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